A Órfã
Um dia, no auge de meus trinta e poucos anos, com três crianças pequenas, consultório, marido, casa, empregada, balé, futebol, natação etc. etc… tudo isto e mais um pouco pra administrar, lendo um livro de Affonso Romano de Sant’Anna, enquanto esperava os filhos saírem da natação, me deparei com a seguinte frase:
“Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos”.
Eu pensei: Isto é mera ficção, não tenho tempo pra nada, quanto mais pra me sentir órfã.
Mas o tempo passa… e como dizia o autor: os filhos não crescem todos os dias, de igual maneira, crescem de repente.
Passou o tempo do balé, da natação, do futebol etc.. Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas.
E eu pensei: Que autor realista, eu fiquei ORFÃ.
Procurei um trabalho voluntário para sair da orfandade.
Encontrei a Turma do Bem.
Que felicidade, não sou mais órfã. Voltaram as emoções, os agitos de crianças e, o mais importante de tudo: A ALEGRIA DE DEVOLVER SORRISOS.
Pode existir algo melhor?
Selma Rocha
Coordenadora e DENTISTA DO BEM de Curitiba/PR